segunda-feira, 28 de março de 2011

Mais do Mesmo

Quero mudar
Ser melhor
Diferente do que sou
Mas o sol nasce
E sou sempre o mesmo.

O mesmo com os mesmos temores
Com as mesmas dores
E com os mesmos amores.

As mesmas dúvidas
Histórias, faltas, ausências...

Sempre o mesmo
A mesma solidão
Tristeza.
A mesma saudade.

Não importa quantas vezes o sol nasça
Ou quantas vezes ele se vá.
Aqui dentro tudo continua o mesmo.

Lembranças...

E tudo se fez luz
Límpido, claro, cristalino.

Tudo passa,
e sempre volta.
Não há pra onde fugir.

São as lembranças.
Chegam leves
Sorrateiras
Tomam conta de nossa consciência.

Quando as percebemos já é tarde demais.
Sabores esquecidos retornam
Odores se fazem presentes.

E a velha dor, companheira de todas as horas,
está lá,
Lembrando-te de que ainda estais vivo.

Platônico.

Nada me atrai mais do que a ideia de um amor platônico, impossível.
Verdade! Já que a perfeição é uma utopia, por que não ser platônica? E melhor imaginar as mãos dadas, os beijos trocados e sorrisos correspondidos, do que ter que encarar tudo isso na realidade.
Pois, no mundo das ideias, não há secreções, mal hálito ou mal humor matinal. Ninguém rouba seu cobertor ou te empurra na cama. Nem mesmo é preciso dormir na famigerada posição de conchinha.
Porém, é inegável o quanto é bom se apaixonar e, por mais platônico e surreal que seja, você sempre buscará o contato, mesmo que isto traga consigo todas as dores e complicações de um relacionamento. A paixão te faz aceitar coisas, muitas, inclusive dormir de conchinha.