sábado, 15 de março de 2008

Humanidade...

Ser humano! Palavras que utilizadas em conjunto podem ter um sentido ambíguo. Ambigüidade afinal é o que rege a vida de um ser humano. Um indíviduo ao nascer ganha o poder do livre arbítrio, ou seja, cada um é capaz de decidir sobre o seu futuro.
No entanto, muitas vezes apenas o poder de decisão não basta para que um ser humano torne-se parte da humanidade. Em uma época onde a sociedade é regida pelo consumo, cada indivíduo torna-se tão humano quanto o seu poder aquisitivo lhe permitir.
Para ser humano, não basta apenas pertencer a espécie homo sapiens, nem tão somente andar sobre duaspernas ou mesmo conseguir articular palavras. Ser humano, vai muito além da biologia e, muitas vezes, desafia a lógica. Para ser realmente humano é necessário valorizar a vida.
Afinal quanto custa uma vida? Não somente a vida humana, mas a de todas as espécies que vagam pelo planeta. Quantas vezes as pessoas passam por seres da espécie homo sapiens que estão deitados nas calçadas e nem ao menos inclinam o olhar. Talvez aquele ser ali deitado seja mais uma vítima da ambigüidade do livre arbítrio, talvez ele tenha feito uma escolha errada ou é um azarado nato.
E após a ambigüidade do destino, aquele ser está ali, deitado sob um céu estrelado, que pode amanhecer com chuva.
Como a justiça, a humanidade está cega para cenas deprimentes como essa. Tendo olhos apenas para o que está exposto nas vitrines das lojas de móveis, roupas, departamentos e qualquer outro tipo de estabelecimento que tenha algo a vender.
Enfim, estamos vivendo na sociedade do consumo, onde o ser humano esqueceu-se do verdadeiro sentido de ser humano.
Ser ou não ser humano? Talvez a humanidade esteja fazendo uma viagem de volta ao passado, um passado distante, em que ainda éramos primos próximos dos macacos, uma época em que agiámos por instinto e jamais pensávamos nas conseqüências de nossos atos.

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