Como já dizia o poeta...
Ah que saudades que tenho da minha infância!
Da fragilidade
Da docilidade
E da inocência dos olhos de criança.
Do tempo que achávamos que todos eram imortais,
Que nossos pais eram super-herois de gibis
Que eles, e apenas eles, eram responsáveis por nosso futuro.
Nosso mundo cabia em nossa casa.
Pois, a casa era nosso mundo.
Por que o tempo tinha de passar?
Por convenção?
Por obra do destino? Por teimosia?
Não, apenas por inveja.
O tempo é um senhor invejoso,
Invejoso e ansioso.
O tempo não gosta de ver os seres humanos felizes
Por isso insiste em passar tão rápido.
Para que nossa felicidade acabe
E ele possa ser o senhor absoluto da vida.
Pois, vida é tempo.
Tempo é volátil.
Logo a vida é frágil
E passageira.
Nos deixando assim
Sempre, sempre
E sempre
A um suspiro do fim.