Muito me pego pensando se o amor
é a calmaria ou simplesmente o limite de tudo que há de coerência em um ser
humano. Tenho dúvidas se amar é privar-se de algo por alguém ou simplesmente
querer ter o objeto do afeto sempre por perto. Aquela sensação de saudade que
aparece...Mas logo desaparece em seguida, fazendo com que a pessoa retorne mais
uma vez aos seus sentidos.
Isso tudo porque o amor está
interligado a todos os nossos sentidos, enquanto escrevo sinto seu cheiro.
Posso sentir seu abraço apertado, ouvir sua voz dizendo que tudo isso não passa
de asneira ou estranheza, e ainda o gosto daquele último beijo e o seu sorriso
torto em meio a multidão.
Gosto de pensar que você sente o
mesmo, que sente minha falta e acorda pensando em mim. Como eu penso em você.
Adoro a sensação de calmaria ao pensar em seus olhos e no seu toque. Na sutileza
dos detalhes da nossa relação, toda cheia de meandros, de dúvidas. Estranheza. Assim
que nos definimos: estranhos. É estranho quando estamos juntos, a tendência é
sempre nos unirmos, meus olhos chamam os seus. Suas mãos chamam as minhas, um
sorriso. Estranheza. Não temos presente ou futuro, mas estaremos gravados um na
alma do outro, estranhamente.
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