O existir se tornou oco e mudo. Pois, a tua ausência é traduzida em silêncio. Mas este sossego me desassossega, sinto sua falta, vejo teus olhos em todos os lugares, cada ser vivente me lembra você.
Sou oca. Afinal tudo o que havia dentro de mim tu levastes com o último beijo. Não fostes justo comigo, já sabias que era o derradeiro, porém escondeu a verdade de mim. Por egoísmo ou altruísmo? Impossível responder. Luto. Luto todas as manhãs para apagar-te de minha mente, pois a simples lembrança do teu cheiro dói. Ah! Como trocaria cada segundo que ainda há de vir, pelos últimos instantes ao teu lado. Pois não é concebível que eu exista em um mundo feito de silêncio e vazio, não é concebível que eu exista sem você.