Um tudo e um nada.
Desejavam-se e repudiavam-se.
Sempre e nunca.
As brumas do passado faziam-se presentes naquele instante. Em meio a névoa de seus pensamentos e a fumaça do cigarro a única coisa nítida era o gosto do café em sua boca. Seus olhos vislumbravam imagens que não estavam ali naquele instante, seus pensamentos vagavam em mares turbulentos de outrora, mas as sensações que produziam eram tão reais que ele sentia seus músculos tensos, como gostaria de voltar no tempo e mudar tudo o que tinha feito de errado. Mas, o que havia feito de errado? Não sabia. Já havia cogitado inúmeras hipóteses, na maioria delas suas palavras eram culpadas pelo que tinha acontecido entre os dois. A palavra os aproximara e, também, os afastara.
Tudo era tão irreal, eles sempre se conheceram, se desejaram, porém nunca trocavam mais do que tímidos “ois”, “bom dia” ou “boa noite”. Fora tudo tão repentino, em uma noite, que tinha tudo para ser apenas mais uma noite, ele havia descoberto seu beijo, seu toque e seu perfume. E agora, ali em meio a fumaça de seu cigarro, se via viciado em sua presença, sua autenticidade e sua docilidade. Sentia falta do seu beijo e de seu cheiro. Queria sentir seu calor e o seu toque novamente.
A saudade amargava em sua língua. Ou seria o café? Não sabia, sabia apenas o que gostaria de sentir novamente. Seu coração pulsava com as lembranças de uma noite fugidia, uma noite na qual conhecera a docilidade do desejo e a melancolia da separação. Uma noite que era para ser apenas mais uma noite e ficara cravada em sua memória, assim como uma escultura na pedra. Ele a desejava, ao menos por uma última vez, isto era fato. Mas, desejos não se realizam ao menos em seu mundo.
E assim, enquanto na vitrola Pink Floyd tocava “Wish You Were Here”, o ar de melancolia tomava conta do lugar, as brumas cobriam seus olhos e seu café, antes fumegante, esfriara sobre a mesa. Do cigarro restaram apenas as cinzas soltas, junto com as brumas de seu pensamento.
Tudo era tão irreal, eles sempre se conheceram, se desejaram, porém nunca trocavam mais do que tímidos “ois”, “bom dia” ou “boa noite”. Fora tudo tão repentino, em uma noite, que tinha tudo para ser apenas mais uma noite, ele havia descoberto seu beijo, seu toque e seu perfume. E agora, ali em meio a fumaça de seu cigarro, se via viciado em sua presença, sua autenticidade e sua docilidade. Sentia falta do seu beijo e de seu cheiro. Queria sentir seu calor e o seu toque novamente.
A saudade amargava em sua língua. Ou seria o café? Não sabia, sabia apenas o que gostaria de sentir novamente. Seu coração pulsava com as lembranças de uma noite fugidia, uma noite na qual conhecera a docilidade do desejo e a melancolia da separação. Uma noite que era para ser apenas mais uma noite e ficara cravada em sua memória, assim como uma escultura na pedra. Ele a desejava, ao menos por uma última vez, isto era fato. Mas, desejos não se realizam ao menos em seu mundo.
E assim, enquanto na vitrola Pink Floyd tocava “Wish You Were Here”, o ar de melancolia tomava conta do lugar, as brumas cobriam seus olhos e seu café, antes fumegante, esfriara sobre a mesa. Do cigarro restaram apenas as cinzas soltas, junto com as brumas de seu pensamento.
Um comentário:
gostei...na verdade adorei, tatuaria o sempre e nunca do seu texto, fumaria o cigarro e beberia o café ainda que o mesmo gelado como uma parceira infeliz estivesse.
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