terça-feira, 17 de junho de 2008

Utopia...

Sinceramente não sei o que acontece comigo quando te vejo... pois ao te ver fico sem graça, sem chão, sem cor e sem fala. Falta-me o ar, o assunto foge, tenho que desviar o olhar, senão meus olhos podem denunciar. Mas o que denunciar que todos já não saibam?
Palavras, conjuntos de letras que servem para designar algo ou alguém (seria esta a definição correta?) sei que elas fogem ao mais tênue sinal de sua aproximação. Isso é incompreensível, pois todos os dias travo milhares de diálogos imaginários, onde tu João, fazes parte da minha vida e nem sabes. Deliro clamando por tua presença, grito por você, porém quando tu chegas emudeço.
Mudez que me perturba, logo eu, tão agitada e comunicativa. Faltam-me palavras em nossa língua pátria, para traduzir tudo o que penso ou sinto por você. Mas talvez isso só aconteça porque ainda não tenham inventado uma linguagem para expressar o que sentimos ao encontrar uma Utopia. Pois, Utopias são sonhos que jamais serão alcançados, sendo que se o alcançarmos perceberemos que eles não existem.
Talvez pelo temor de que você não exista não me aproxime, pois não quero perder-te mesmo nunca o tendo tido.
Mesmo assim te quero, talvez da forma mais primitiva que possa existir ou sublimemente, a carne arde, mas o coração pulsa ao sentir sua presença e esquece de todos os outros sentidos, pois acontece algo sem sentido algum. As mãos tremem, os olhos brilham, a boca resseca e as palavras continuam fugindo. Minha mente formula maneiras de dizer tudo o que sinto, no entanto uma linguagem utópica pode provocar o não entendimento da mensagem. Assim prefiro mais uma vez me calar e continuar a sonhar com você a tocar violão, sorrindo e cantando Sunshine. Ho! Que visão utópica. Estamos chegando a terra de Utopia, só agora percebo, você não existe, a não ser em meus sonhos.

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