domingo, 23 de novembro de 2008

Existência

Maria estava ali, sentada pensando na vida. No momento em que li seus pensamentos ela imaginava quando o homem de sua vida chegaria e a convidaria para deixar essa existência mórbida. Ela já não acreditava em príncipes encantados e cavalos brancos, Maria queria apenas alguém simples, nem bonito ou feio, mas inteligente.
Sempre acreditara que a inteligência é o mais importante em uma pessoa, a qualidade norteadora do coração, afinal este órgão é tão racional quanto pode. No entanto, por sua vida só haviam passado pseudointelectuais emos, os quais eram sentimentais demais para deixar a inteligência vir à tona.
“Huff” – foi seu suspiro de desprezo para sua vida amorosa, se é que aquilo pode se chamar de vida amorosa. Até o presente instante ela já fizera sexo com quase todos os homens que passaram por sua breve existência ela fazia isso porque com cada um vinha a esperança de um amor. Mas e o amor existe? Maria dizia que sim em voz alta, mas sua voz interior afirmava que não. Amor era algo socialmente convencionado para que o ato sexual fosse aceito, controlado e cumprisse sua missão de dar continuidade a espécie humana. Apesar disso tudo ela queria alguém que fosse somente seu. Quão egoísta era Maria. Pensava apenas nos seus sentimentos e na sua libido, não gostava de saber o que os outros sentiam, afinal ela tinha como filosofia que a verdade é algo que cada um vê com seus próprios olhos, acreditar ou não é uma opção.
Em noites como essa ela refletia sobre tudo, mas algo chamou a atenção de Maria e a fez desviar seu pensamento para a vida real. Ela abria os olhos para ver o que acontecia ao seu redor, ele estava lá e olhava para ela. Ele deu um sorriso tímido – “pseudointelectual” pensou Maria. “Meu tipo favorito” – cochichava ele ao amigo, enquanto se dirigia para ela.
Os dois se aproximaram e trocaram beijos, ao invés de palavras. Nesse instante Maria dizia para si mesma, “uma noite de cada vez”. Ao fundo tocava The Rose, esta era uma noite perfeita para se apaixonar, mas isto não constava nos planos de nenhum deles, então decidiram apenas viver. Nada mais simples e natural que viver e respirar a fumaça do cigarro a sua volta.

domingo, 31 de agosto de 2008

Ventos

Ela se sentia só. Era uma solidão fria e cálida. Apesar de estar cercada por uma multidão, ela continuava se sentindo só. Olívia, este era o nome dela, buscava em cada gesto, cada olhar, voz ou sorriso alguém que pudesse amenizar sua solidão.
Nunca falara a ninguém o quanto se sentia só, pelo contrário, ela sempre se esforçou para ser uma garota admirável. Estudou muito, trabalhou mais ainda, conquistou seu espaço, porém a solidão lhe visitava todas as noites em seus sonhos.
Todas as amigas de Olívia encontraram alguém com quem passar os domingos, fosse escutando música, comendo pipoca ou mesmo assistindo filme. Isso sempre foi tudo o que ela mais quis. Porém, o que mais a incomodava não era o fato de se sentir só em meio a multidão, mas sim o de saber que existia alguém que poderia lhe dar o apoio necessário e não o fazia.
Seus pais gabavam-se das conquistas da filha, no entanto, quando ela mais precisava de apoio só sabiam criticá-la, era uma crítica ferrenha e mordaz que corroia a alma de Olívia. Oh, Olívia! Tão dócil, delicada. Sempre buscando não magoar ninguém, era diariamente magoada, justamente por quem ela mais amava no mundo.
Por que isso acontecia com ela? Conflito de gerações, ideologias ou simples implicância? Ela não sabia responder, apenas se sentia vazia de afeto e atenção. Olívia queria se sentir única, apenas isso. Ela queria ser tratada com carinho, por quem quer que fosse. Não suportava mais a situação, chegou a pedir e tentar deixar para trás essa pobre e curta existência. Mas era covarde demais para tirar sua própria vida.
Foi justamente quando ela olhou para baixo que a vida lhe acenou. Nesse instante seu coração batucou de forma forte e única, na levada de um rock and roll. Do outro lado, João, ele era diferente de todos. Ela já o tinha visto várias vezes, mas nunca assim, com um brilho nos olhos e um sorriso mal disfarçado nos lábios. Olhares se cruzaram, o vazio foi preenchido.
Seria fácil escrever que eles foram felizes para sempre, porém ventos contrários sempre existem. E eles sopraram. A primeira vez Olívia fez-se de forte, afinal o que sentia era tão forte e único, indescritível. Eles estavam cativados um pelo outro, tanto que nem sentiram o segundo sopro baforento dos ventos ruins.
O vento soprou mais forte, João não percebeu. Olívia que era frágil, sucumbiu com a força e o mau agouro dos ventos. A covardia abandonou Olívia e então tudo o que sobrou dela foi um bilhete no qual dizia:

“Obrigada por todo apoio que tive de vocês durante essa passagem, espero que agora vocês estejam felizes, pois assim, vocês sempre terão a mim. Espero ser o mais belo troféu na sua estante. A ti João, saiba que te amei, da forma mais inocente que pode existir, e por te amar deixo-te. Viva tudo o que não pude viver, as grades que me prendiam não te prendem”.

Oli.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Canção da Insanidade


Ele sempre foi um Serzinho repugnante. Aquele tipo de pessoa que faz qualquer coisa por dinheiro, não que dinheiro seja totalmente inútil na vida de alguém, mas para ele tudo era reduzido a números e cédulas. De tanto pensar desta forma sua vida foi passando e a cada dia ele se tornava mais repugnante, sua avareza não deixava que comprasse xampu, desodorante ou qualquer outro item de higiene que cheirasse melhor que seu corpo. Corpo este que era tão repugnante quanto seu modo de pensar, ser e agir.
Ao passar Serzinho exalava seu cheiro de suor, queijo e vinagre, mistura que deixava o ambiente carregado e fazia as pessoas passarem mau. Mas do que lhe interessava os outros seres humanos? Um bando de células amontoadas e, que geralmente, não lhe proporcionavam lucro algum, apenas gastos. Gastos do seu tão precioso dinheiro. Ah! Aquele cofre em sua sala de estar era a sua vida, ou melhor, sua vida estava dentro dele. Ao menos era isso que Serzinho pensava.
É...pensava. Até o dia em que conheceu Maria da Luz. Quando Serzinho olhou seus doces olhos castanhos percebeu que poderia ver sua vida através daqueles olhos que lhe sorriam sem pedir nada em troca. Pela primeira vez na vida Serzinho sorriu. E foi um sorriso sincero, amável e desinteressado. Ele não queria nada em troca, ou melhor, queria, queria ficar olhando para aqueles olhos, de repente ele se sentiu tão diminuto e inútil. Logo ele, que nunca precisara de nada além do dinheiro para viver, nunca pensara em ter filhos, mulher ou família. Seus desejos sexuais eram aliviados em casas de mulheres baratas, que aceitavam seu cheiro e seu dinheiro. Serzinho chegou a pensar que até poderia amar a garota vestida de trapos a sua frente.
Do outro lado da cena está Da Luz, como sua tia lhe chamava. Ela sempre vivera com uma velha tia beata e solteirona chamada Gertrudes. Tia Trude preocupava-se muito com o futuro de Da Luz, temia que ela fosse como sua mãe e também morresse de tísica contraída nos prostíbulos da cidade, por isso ensinara tudo sobre santos, igrejas, Deus, anjos e demônios para Da Luz. Mas a lição que Trude considerava mais importante era a respeito dos homens, pois a menina simples do interior, de olhos cativantes, sorriso dócil e andar atrevido, jamais deveria ficar a sós com nenhum deles, pois são todos uns animais inveterados que só pensam no prazer próprio.
Da Luz por sua vez, gostava de tudo o que lhe fosse proibido. Sua tia não fazia idéia de que ela já se iniciara nas artes do amor há muitos anos, ainda com seus coleguinhas de escola. Por isso, Da Luz acreditava que todo o prazer do mundo estava no sexo oposto. Pensava isso até conhecer Serzinho, pois nunca tinha visto ou sido desejada por alguém tão feio e mal cheiroso. Os olhos daquele insignificante homem transpareciam ganância, mas ela nem ao menos sabia o que era isso, apenas sabia que não gostava da sensação de ser observada por tão abominável ser.
Ele a segurou pelo braço, tentando uma aproximação. Ela não sabia o que fazer seu cheiro a paralisava. Foi assim que Serzinho beijou Da Luz, forçosamente. Ele, apesar de não ser nenhum jovenzinho, jamais havia beijado a ninguém, pois nas casas de mulheres da vida não há beijos, beijos são muito íntimos. Quando ele soltou o braço da jovem, encontrava-se em estado de frenesi, suas pernas tremiam, os olhos lacrimejavam e lhe faltava o ar aos pulmões. Quando voltou a si Da Luz sumira, nunca mais ele poria seus olhos sobre sua face trigueira.
Naquela noite Serzinho vagou pela cidade, sonhando acordado com todos os beijos que a moça dos olhos reluzentes poderia lhe dar. A teria de novo, não importava o que custasse, mas ele a queria. Por isso buscava em cada canto da cidade, cada casa, esquina e barco. Buscou aquela noite, nas demais e eternamente. Jamais ele desistiu de encontrar Da Luz, porém não sabia nem sequer seu nome. Seu cheiro piorou, o cofre ficou vazio e Serzinho que tanto prezara seus bens materiais terminou sua vida como mendigo nas ruas da cidade. Quem o via decrépito, não percebia que ele não parava de perguntar sobre uma menina que irradiava luz pelos olhos. Ele que nunca precisara de ninguém para viver, morreu por não ter a luz de seus olhos.
Da Luz após receber em seus lábios o beijo daquele asqueroso ser, saiu desvairada, cambaleante. Sentia o gosto ácido do queijo, o cheiro de suor e as mãos do estranho que a prendera. As sensações eram tão intensas, que ao atravessar a rua, ela não percebeu a carroça que vinha com toda a velocidade, quando escutou o bater das ferraduras nas pedras de calçamento já era tarde de mais, havia tempo apenas para pedir perdão a Deus.
A moça que vestia trapos ficou de tal forma irreconhecível, que foi enterrada como indigente, assim como sua mãe. Tia Trude, que não soubera da desgraça que acometera sua sobrinha, percorreu todos os prostíbulos da cidade em sua busca, não a encontrou. Mas ao contrário de Serzinho, convenceu-se de que Da Luz fugira da cidade com algum homem e decidiu levar a mesma vida de sempre, sem sonhos, ambições ou amor. Enfim Gertrudes poderia vegetar até o dia de sua morte.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Utopia...

Sinceramente não sei o que acontece comigo quando te vejo... pois ao te ver fico sem graça, sem chão, sem cor e sem fala. Falta-me o ar, o assunto foge, tenho que desviar o olhar, senão meus olhos podem denunciar. Mas o que denunciar que todos já não saibam?
Palavras, conjuntos de letras que servem para designar algo ou alguém (seria esta a definição correta?) sei que elas fogem ao mais tênue sinal de sua aproximação. Isso é incompreensível, pois todos os dias travo milhares de diálogos imaginários, onde tu João, fazes parte da minha vida e nem sabes. Deliro clamando por tua presença, grito por você, porém quando tu chegas emudeço.
Mudez que me perturba, logo eu, tão agitada e comunicativa. Faltam-me palavras em nossa língua pátria, para traduzir tudo o que penso ou sinto por você. Mas talvez isso só aconteça porque ainda não tenham inventado uma linguagem para expressar o que sentimos ao encontrar uma Utopia. Pois, Utopias são sonhos que jamais serão alcançados, sendo que se o alcançarmos perceberemos que eles não existem.
Talvez pelo temor de que você não exista não me aproxime, pois não quero perder-te mesmo nunca o tendo tido.
Mesmo assim te quero, talvez da forma mais primitiva que possa existir ou sublimemente, a carne arde, mas o coração pulsa ao sentir sua presença e esquece de todos os outros sentidos, pois acontece algo sem sentido algum. As mãos tremem, os olhos brilham, a boca resseca e as palavras continuam fugindo. Minha mente formula maneiras de dizer tudo o que sinto, no entanto uma linguagem utópica pode provocar o não entendimento da mensagem. Assim prefiro mais uma vez me calar e continuar a sonhar com você a tocar violão, sorrindo e cantando Sunshine. Ho! Que visão utópica. Estamos chegando a terra de Utopia, só agora percebo, você não existe, a não ser em meus sonhos.

As razões do Ataíde...

Toda criança tem o seu amigo imaginário, eu nunca tive. Não fosse uma criança que não falasse sozinha...pelo contrário, antes de dormir sempre fazia meus diálogos imaginários com pessoas e situações que nunca tinha presenciado.
Não sei se isso era reflexo de uma infância com apelidos bobos ou simplesmente eu tentava suprir a falta que me fazia um amigo (a). Porém apesar de todas as discussões mentais, as quais geralmente não passavam do mentalês, nunca dei nome às vozes que ouvia ou pensava ouvir.
Chegando a adolescência, o hábito de falar sozinha me abandonou, ou eu o abandonei, a questão é que ele foi substituido por outras coisas mais interessantes, como filme e pipoca com amigas de carne e osso ou mesmo uma volta na pracinha da cidadezinha que eu morava, sabe né, cidade pequena é segura e os pais deixam a gente sair de casa sem preocupação com o horário. As vozes cessaram e eu estava sussegada na minha vidinha, amigos, matemática, física e o sonho com uma carreira brilhante como bióloga.
No entanto, algo (talvez as forças do destino) fizeram-me mudar de opinião e as vozes voltaram. O desespero pré-vestibular, a rejeição de suas idéias e do seu jeito de ser, fazem com que você se sinta só no mundo, apesar deste mundo ter mais de 6 bilhões de pessoas espalhadas por sua superfície. Você passa sua vida toda pensando em como juntar dinheiro para ter uma velhice confortável que talvez você nem chegue a desfrutar.
Só de pensar nessas questões, entrei em parafuso. Mas é difícil quando só você entra em parafuso, seus pais não lhe entendem, seus amigos te chamam de maluco e todo mundo que te conhece acaba se afastando. Talvez por você transparecer em sua face, ou mesmo em suas ações, que precisa de uma explicação para os porquês deste mundo. Porém quem será que pode te ajudar? Ninguém.
Profeticamente apenas você mesmo pode resolver seus problemas. É nesta hora que seus amigos imaginários, lá da infância (infeliz ou feliz), voltam para te ajudar. Que ironia, todos te abandonam, menos as pessoas que não existem. Pera aí! Existem sim e são uma parte de você. Talvez ele seja uma parte obscura ou somente aquela pessoa que você sempre quis ser, aquela que na sua imaginação diz tudo o que pensa e sabe sobre tudo o que é questionada. Esse é o meu amigo Ataíde.
Ataíde é um ser de luz, talvez luz negra - branco não combina muito comigo - que gosta de ler, filosofar, é cabeludo à moda antiga, ouve música, tem bom gosto e isa all star surrado. Ele é quem me consola nas horas tristes, me faz sorrir e querer continuar a resolver meus problemas. É Ataíde que tem idéias mirabolantes e me ajuda a fazer orgias alimentares em plena madrugada em frente ao PC. É, Ataíde não me abandona nunca, sabe tudo ao meu respeito e sente tudo o que sinto, mais do que um amigo, ele é meu inconsciente que me diz quando estou certa ou errada. É ele quem me previne de desastres e me guia nas noites sem lua e sem amigos.
É Ataíde...você é a razão do meu viver.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sons...

O ser humano é extremamente sonoro...
Faz da sua entrada neste mundo uma forma de exibir seus dotes vocais, e a potencialidade de seus pulmões. Para ampliar a capacidade sonora, os seres humanos criaram os instrumentos e a música...
Música é sinônimo de festa, de amor, sexo, brigas, lutas sociais, costumes e culturas. O gosto musical de uma pessoa pode dizer muito, ou tudo, sobre ela, pois é geralmente através dela que expressamos os nossos sentimentos e desafetos.
A música está presente em todos os momentos de nossas vidas, não necessariamente com instrumentos e a banda preferida. Os pássaros, o caminhar no corredor, a campainha da porta e também as buzinas dos carros, têm musicalidade. Para cada momento de nossas vidas temos uma música, não sei qual é minha fase atual, mas acho que é rock. Porque as batidas conseguem acompanhar o ritimo frenético de minha existência. Qual é a música que toca o seu dia?
Estamos sempre compondo a nossa canção, pois Música é sinônimo de vida. E quando a música pára é sinal que a vida chegou ao fim.

sábado, 15 de março de 2008

Humanidade...

Ser humano! Palavras que utilizadas em conjunto podem ter um sentido ambíguo. Ambigüidade afinal é o que rege a vida de um ser humano. Um indíviduo ao nascer ganha o poder do livre arbítrio, ou seja, cada um é capaz de decidir sobre o seu futuro.
No entanto, muitas vezes apenas o poder de decisão não basta para que um ser humano torne-se parte da humanidade. Em uma época onde a sociedade é regida pelo consumo, cada indivíduo torna-se tão humano quanto o seu poder aquisitivo lhe permitir.
Para ser humano, não basta apenas pertencer a espécie homo sapiens, nem tão somente andar sobre duaspernas ou mesmo conseguir articular palavras. Ser humano, vai muito além da biologia e, muitas vezes, desafia a lógica. Para ser realmente humano é necessário valorizar a vida.
Afinal quanto custa uma vida? Não somente a vida humana, mas a de todas as espécies que vagam pelo planeta. Quantas vezes as pessoas passam por seres da espécie homo sapiens que estão deitados nas calçadas e nem ao menos inclinam o olhar. Talvez aquele ser ali deitado seja mais uma vítima da ambigüidade do livre arbítrio, talvez ele tenha feito uma escolha errada ou é um azarado nato.
E após a ambigüidade do destino, aquele ser está ali, deitado sob um céu estrelado, que pode amanhecer com chuva.
Como a justiça, a humanidade está cega para cenas deprimentes como essa. Tendo olhos apenas para o que está exposto nas vitrines das lojas de móveis, roupas, departamentos e qualquer outro tipo de estabelecimento que tenha algo a vender.
Enfim, estamos vivendo na sociedade do consumo, onde o ser humano esqueceu-se do verdadeiro sentido de ser humano.
Ser ou não ser humano? Talvez a humanidade esteja fazendo uma viagem de volta ao passado, um passado distante, em que ainda éramos primos próximos dos macacos, uma época em que agiámos por instinto e jamais pensávamos nas conseqüências de nossos atos.

Dizeres...

Ele diz que ama ela. Ela diz que adora ele.
Porém, entre os dois há uma estrada e muitos quilômetros de distância.
Ela diz que já inventaram o telefone e a internet, para que eles possam conversar e matar a saudade, mesmo que virtualmente.
Ele diz que não quer viver assim, distante e sem sentir a pessoa que ama. Que ele sofre e não fai conseguir ser fiel aos seus sentimentos.
Ele magoa ela.
Ela magoa ele.
Mas os dois continuam buscando um ao outro, em outros corpos, mas nada é igual!
O beijo, o toque, o cheiro, não são os mesmos.
Assim como um admirador de obras de arte, aprecia a Monalisa no Louvre, um observa o outro. Sempre a distância, pois caso eles se toquem os sinos podem dobrar, isso seria um problema, já que existe a estrada.
Talvez eles tenham uma nova chance para ficar juntos, em outra vida quem sabe.
Talvez eles nunca cheguem a se apaixonar novamente com tanta intensidade.
A única coisa certa que ele diz pra ela e ela diz pra ele, é que um sempre vai fazer parte da vida do outro, seja como for. Este é um pacto selado pelos céus.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Feliz ano novo!!!

Após as orgias alimentares do natal, dos primos chatos e tias que gostam de apertar a sua bochecha, chega enfim o ano novo!!!
Para muitos isso significa a libertação de seus lares, já que passaram no vestibular e vão ser obrigados a morar longe da mamãe, para outros pode significar a tranqüilidade que chega junto com a idade, já que estes vão se aposentar após anos dedicados ao trabalho. Cada um gosta de dar o seu significado para uma passagem da ano.
Um dia 31 de dezembro pode possuir diferentes significados ao redor do mundo, mas um é o que prevalece para todos os seres humanos: a renovação. Com o nascimento de um novo ano, sempre surgem novas esperanças de uma vida melhor, de encontrar o amor da sua vida, de ter um emprego digno, fazer a faculdade tanto desejada ou simplesmente sonhar...É os sonhos também se renovam juntamente com os fogos de artifício da meia-noite. Dessa maneira cada um busca fazer o que pode para ter melhor sorte no ano nascente simpatias, calcinhas (rosas, amarelas, brancas, vermelhas ou azuis), as ondas do mar, cesta para Iemanjá... simples representações da esperança de um ano melhor para quem as fez e seus familiares.
É 2008 chegou, de fralda, chupeta e chocalho na mão, e apesar de recém nascido 2008 vem cheio de perspectivas e com certeza vai nos surpreender, positiva e negativamente durante os seus 366 dias, já que é ano bisexto...
Só nos resta desejarmos uns aos outros Feliz Ano Novo!!! e esperar as balas!!!